segunda-feira, 18 de julho de 2011

Greve é suspensa; mas categoria mantém estado de greve

Após 62 dias de greve, os trabalhadores em Educação decidiram em assembleia estadual realizada nesta 2ª feira, 18, suspender o movimento e manter estado de greve nos próximos 120 dias. Neste período, o coordenação do SINTE/SC vai buscar a retomada de negociação com o governo, a fim de discutir a pauta de reivindicação do magistério.
O foco principal é a garantia da manutenção dos pontos da pauta que já haviam sido acordados com o Governo: realização do concurso para ingresso no magistério em até 12 meses, abono das faltas da greve e de outras manifestações reivindicatórias de 2007 a 2011,  revisão do decreto 3593/2010, que trata da progressão funcional;  revisão da Lei 456/2009 (Lei dos ACTs), e reajuste do valor do vale-alimentação.
A assembleia deliberou também as escolas devem ter autonomia para a elaboração do calendário de reposição das aulas, a fim de evitar prejuízo do conteúdo escolar ao aluno.
A assembleia estadual da categoria reuniu cerca de 4 mil pessoas, no Centro de Convenções CentroSul, de Florianópolis.

10 comentários:

  1. Essa decisão já deveria ter sido tomada na outra assembleia, mas espero que o bom senso prevaleça e que o governo retorne as negociações com o SINTE. Desde o início o SINTE estava certo e o pessoal que queria a continuidade da greve errado. Não é a melhor proposta concordo, mas desse governo esperar o que! Suspender a greve e se preciso for voltar a GREVE com força Total.

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  2. Deram como definitivo o que o governo enfiou goela abaixo e que era o mais importante: piso na tabela? Ou acham mesmo que a Justiça vai devolver o que foi tirado e que não era direito adquirido? direito adquirido só as gratificações dos comissionados e cabotinos? Será que o argumento que vão usar para devolver o que nos tiraram será "se mantiveram os direitos dos comissionados, dos professores também devem ser mantidos"??

    Greve histórica essa, a primeira onde entramos com direitos e saímos sem eles e sem garantias de nenhum outro. Antes não tivessem feito a greve. Greve não tem recreio, nem tem plantão para voltar a qualquer hora.

    O espólio será dividido com quem? Quem será o inventariante do ex-bens da falecida carreira?
    O síndico da massa falida será quem antecipou ao governo que aceitava incorporar o prêmio educar e outras gratificações? Os que não ganhavam estão em nirvana de tão contentes, afinal, agora, não há mais 'vantagens' só de professores.

    O lumpesinato agradece.

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  3. Quanto a incorporação do premio educar/jubilar são deliberações de congresso,porque não levam para aposentadoria.Seria muito salutar conhecer a pauta reivindicação da categoria para depois pregar a condenação.

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  4. MIKAIL - BLUMENAU
    Nossa greve foi HISTÓRICA e fez HISTÓRIA como movimento de classe e de ter aberto as mentes pensantes desse estado. Nunca um movimento igual ao nosso foi capaz de: analisar, discutir, denunciar, propagar, berrar, estremecer a ALESC, gritar, chorar, persistir, lutar pela educação de nosso querido estado. Não saímos derrotados e sim revigorados pela vontade de amanhã chegarmos em nossas escolas e começar o processo de abrir as mentes de nossos alunos e pais. EDUCAÇÃO POLÍTICA passa a ser também parte do currículo das escolas catarinenses a partir de amanhã. NÃO PODEMOS NOS CALAR E NEM OMITIR OS REAIS FATOS. Vamos fazer desse ESTADO um exemplo para os demais aonde política é discutida em sala de aula. Vamos mostrar aos nossos alunos quem são os ASSASSINOS da educação catarinense. Peço também que o SINTE mande confeccionar camisetas pretas e nas costas o PLACAR DA ALESC com o nome daqueles que ousaram desafiar esta categoria. Que estas camisetas sejam repassadas para todas as regionais para que os professores possam comprar e usar de UNIFORME para mostrar para toda sociedade que ainda não nos venceram. PARABÉNS professores de Santa Catarina que tiveram a coragem de seguir firmes nessa luta. Se um só traidor tem mais poder que um povo que esse povo não se esqueça facilmente( Mercedes Sosa). Fiquem com Deus!!

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  5. Duda Vieira


    A GREVE QUE NÃO ACABOU

    As mãos que com constroem nas salas de aulas a história da Educação catarinense e formam os cidadãos do futuro ergueram-se e sinalizaram a suspensão de uma grave que a meu ver não terminou, nem terminará tão cedo.
    As lições que ecoaram em todos os Municípios do nosso Estado, transformaram-se em gritos angustiantes de quem agoniza e estão a exigir uma reflexão de todos os segmentos da sociedade, e enquanto os catarinenses não se convencerem de que algo urgente precisa ser feito essa greve não terminará.
    Professores desestimulados, desvalorizados e humilhados, atuando em escolas sucatadas e caindo aos pedaços o resultado não pode ser o que esperamos, sobretudo quando vemos os desvios de finalidade com as verbas da educação.
    Recapitular é estudar a lição novamente.
    Um governo titubeante, confuso, sem interlocução que começou a trilhar a ilegalidade no ano de 2008 quando ingressou na justiça para não cumprir uma Lei Federal. É fato.
    Um outro governo assumiu ainda mais titubeante, um governo de continuidade, e por ser de continuidade seguiu trilhando o mesmo caminho da ilegalidade.
    No auge da greve o governo optou pelos holofotes, viagens internacionais, fundação de um novo partido, divisão de cargos em secretarias e autarquias entre os companheiros.
    Enquanto isso a sociedade conhece as entranhas do poder ao descobrir o desvirtuamento do FUNDEB, a fragilidade do sistema carcerário, ao tomar conhecimento das aposentadorias por invalidez na Assembléia Legislativa, muitas ultrapassando R$35.000,00, enquanto o piso de um professor com formação era de R$ 690,00.
    As lições da greve continuam a ecoar no Tribunal de Justiça, no Ministério Público, na própria Assembléia, “maldita” greve que nos tirou um pedaço do nosso nada modesto orçamento, “malditos” professores que se reúnem em assembléias para reivindicar, andando pelas ruas, batendo panelas, fazendo passeatas, exigindo melhorias, sem saber que educação “não é prioridade para o governo nem para a sociedade”. Com toda certeza a greve não acabou, seus efeitos continuam e continuarão até que tenhamos um técnico como Secretário de Educação, e não um político condenado por improbidade administrativa.
    A greve continua até que a justiça faça o governo devolver todos os direitos históricos solapados de uma categoria que começa a receber da sociedade o devido respaldo.
    A greve continua até que todos nós tenhamos esquecido as trapalhadas governamentais, as medidas provisórias, os projetos na Assembléia, as negociações infrutíferas, o pedido de ilegalidade do movimento, os descontos dos dias parados, as punições, pressões, coações e humilhações vividas por nossos mestres e professores, e como esquecer não é virtude a greve continuará por muito tempo, quem sabe até as próximas eleições.
    O Rei esteve nu durante os seis primeiros meses de reinado. O rei continuará nu enquanto contar com a subserviência dos poderes, sobretudo do legislativo que também se despiu, e além de tirar as vestes, tirou a máscara mostrando sua verdadeira face. É fato.
    A greve continua nos corações e mentes daqueles que não tiveram vergonha de ousar, daqueles que tiveram a coragem de gritar “O Rei está nu”.

    Duda Vieira - Florianópolis

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  6. Gostaria q o Sinte deixasse registrado neste blog, quais suas próximas ações em relação ao governo, para q nós possamos acompanhar passo a passo os rumos desta empreitada tão importante para a categoria. A greve acabou, mas a luta não, por isso se faz necessário tomarmos conhecimento de qdo e como as negociações com o governo irão se dar novamente, e tbém como será formado o grupo de estudos, q poderá viabilizar a implantação do piso integral na carreira. De qualquer forma precisamos estar atentos para exigir do governo o cumprimento do q foi acordado durante a greve e de toda situação do FUNDEB. Pois não é mais possível ficar de braços cruzados, principalmente depois desta greve tão marcante, q retratou uma união acredito jamais vista em nosso estado, isso não pode morrer, pelo contrário tem q estar presente em nossas atitudes diárias diante de nossos alunos, dos pais e de toda a comunidade escolar. Parabéns mais uma vez aos professores q com seus lindos e inteligentes depoimentos mostraram o seu valor e sua força perante toda esta injustiça q infelizmente está imperando em nosso estado. Espero sinceramente q a sociedade continue do lado dos professores e não se esqueça de tudo q foi falado e abordado nesta greve, pois somente com esta tomada de consiciência a justiça poderá ser feita...
    Que Deus abençoe a todos e nos dê força e coragem para enfrentar os percalços desta longa e árdua caminhada...
    S.M.

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  7. S.M. escreve bem. Quais os caminhos que o SINTE pretendo trilhar?

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  8. Inverdades do Deputado Kennedy Junior – PP/ Joinville

    1ª Inverdade: segundo o deputado um professor com graduação e em inicio de carreira, receberá em Julho R$ 1,945.80 (Mil novecentos e quarenta e cinco reais e oitenta centavos), o que não corresponde com a verdade, Segundo a tabela da própria secretária da educação. Em julho o professor dentro dessas condições: graduação e em inicio de carreira, receberá R$ 1,380.00, o que representa 38,90% em relação ao mês de maio. Esse valor é referente ao piso. Somando R$ 1,380.00 mais o valor de regência de R$ 234.60, o professor irá receber R$ 1,614.60 , para o professor receber R$ 1,945.80 deverá totalizar 40 horas, com uma carga horária cheia. Entretanto, um professor que possui “apenas” 34 aulas equivalente a 40 horas não receberá o “ estrondoso” aumento. (Soma-se ao R$ 1,614.80, o vale-coxinha)

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  9. As escolas continuam no mesmo abandono, nossas condições de trabalho precárias. Tudo foi dito, denunciado, e nada resolvido. ATÉ QUANDO???? Hoje na escola a funcionária dos serviço gerais me relatou que estão sem produtos de limpeza a tempo, ela quem traz de casa panos velhos para limpar o chão, a SDR diz não ter como providenciar os materiais. É muito descaso, até quando suportaremos??????

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  10. A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR...

    Quando e como serão PAGOS OS DIAS DESCONTADOS?

    - Após 3 dias da publicação da PLC 0026/2011?
    - Na segunda-feira porque "oficialmente" as reposições começariam na quarta-feira?
    - Juntamente com o salário de Julho?
    - Somente no salário de Agosto?

    MUITAS DUVIDAS!!!

    Aguardo respostas...

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