quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Professores e SINTE/SC se reúnem com Estado para pedir segurança

Professores saem sem solução e Governo empurra responsabilidade para a GERED

Uma representação da EEB Nicolina Tancredo, da Palhoça, formada por professores e pais, juntamente com o SINTE/SC solicitaram uma audiência com o Secretário Deschamps, contudo, quem recebeu os trabalhadores foi o Chefe de Gabinete Mauro Tessári.

A comissão relatou os fatos para o assessor sobre as diversas situações de violência ocorridas, e ainda entregaram cópia de um Dossiê elaborado por eles, com diversos documentos registrados desde 2008 entre eles: cópias de Boletins de Ocorrência, email para o Governo pedindo ajuda, fotos e videos da escola, caracterizando o sucateamento da mesma, entre outros. 

A gota d'água aconteceu a partir da agressão sofrida por uma professora dentro da secretaria da escola, pela mãe de um ex-aluno, esta que está em estado de choque e pediu afastamento da escola. Segundo eles a situação está insustentáve. Por esse motivo as aulas estão suspensas temporariamente.

Mauro Tessári, afirmou que o Governo obedece a um programa orçamentário que está em fase de contenção, devido a queda da arrecadação financeira do Estado, e por isso não é possível mais contratar vigilantes. Inclusive a vigilancia nas escolas é feita por uma empresa privada que se responsabiliza apenas pelo "Patrimônio Material", deixando as pessoas desprotegidas.

Além de referir-se as denuncias apresentadas como genéricas e sem caráter pessoal, Mauro disse que as providências neste caso são de abrangência e responsabilidade da Gerência Regional de Educação, e portanto, a SED não poderia, para o espanto de todos, resolver os problemas.

Para o SINTE a SED deveria, como órgão central da gestão da educação pública, assumir a responsabilidade desses graves problemas que se repetem por todo o Estado de Santa Catarina, e apresentar soluções definitivas, seja do ponto de vista das condições estruturais/físicas das escolas, quanto em garantir um ambiente com segurança para o efetivo trabalho escolar.

A Comissão deixou o prédio frustada, sem solução e voltaria para a escola afim de encontrar-se com o Gerente Regional de Educação, Mario Benedette que depois de toda a repercussão do assunto resolveu dar as caras na escola. 

Mais tarde estaremos divulgando os vídeos da reunião (que estão sendo baixados), com as revindicações dos Professores da Escola, do SINTE e a resposta de Mauro Tessári.







Sinte Joinville denuncia Governo de Santa Catarina no desfile da independência

Na última sexta-feira (sete de setembro) Trabalhadores em Educação da Regional de Joinville participaram do Grito dos Excluídos, atividade que faz parte do calendário de lutas do Sinte/SC.

O Grito dos Excluídos é considerado uma manifestação popular que denuncia o modelo político e econômico que condena milhões de pessoas à exclusão social.

Com faixas e cartazes os Trabalhadores em Educação denunciaram o não cumprimento da Lei do Piso Nacional, o não reajuste dos 22,22%, as escolas interditadas como a Monsenhor Scarzello, os prédios públicos abandonados pelo governo como o CEI Padre Carlos e Escola Germano Timm. Foi feita também uma panfletagem reforçando o descontentamento da categoria perante a falta de compromisso do Governo Colombo com o magistério.

A participação dos trabalhadores no Grito dos Excluídos foi muito positiva, tendo ótima aceitação pela população, que pode observar a falta de investimento por parte do governo, tanto em estrutura quanto na valorização dos trabalhadores, diz a coordenadora do Sinte Joinville Profª Clarice Erhardt.