quinta-feira, 3 de maio de 2012

Moção de apoio aos trabalhadores e trabalhadoras da educação da rede pública estadual catarinense


A CUT SC reitera o incondicional apoio aos trabalhadores e trabalhadoras da educação da rede pública estadual catarinense em greve desde o dia 23 do corrente.

Para a CUT, a decisão da categoria reunida em assembléia estadual no último dia 17 de maio é somente conseqüência da forma como o Governo do Estado tratou e vem tratando as negociações desde a suspensão da greve, em agosto de 2011.
Além de não avançar nas negociações para a recomposição do plano de carreira que, de fato, valorize a experiência e a qualificação profissional, a proposta apresentada pelo Governo Colombo horas antes da assembléia do dia 17 não correspondeu ao que vinha sendo discutido desde 2011 e reafirmado pela categoria na assembléia do dia 15 de março, quando deflagrou estado de greve.
Nós, trabalhadores e trabalhadoras, somos, na grande maioria, os usuários dos serviços públicos de educação. Ao apoiar os profissionais da educação da rede estadual de SC, ainda que momentaneamente prejudicados pela paralisação, estamos reconhecendo a devida importância a que esses profissionais têm na formação escolar de nossos filhos e filhas.
Lamentamos e repudiamos a infeliz posição dos parlamentares da base governista na ALESC e do Presidente do Conselho Estadual de Educação em se colocarem contra a categoria, assim como da mídia que, com parcialidade, não tem dado voz aos pais e mães que apóiam o movimento.
Apelamos ao Governador Raimundo Colombo para reabrir o processo de negociação com o SINTE e não medir esforços no sentido de atender as reivindicações da categoria, que também são reivindicações de todos nós, trabalhadores e trabalhadoras catarinenses.

Florianópolis, 02 de maio de 2012.

Direção da CUT SC


Governo se nega a receber professores e categoria fecha a rodovia SC 401


O Ato Público Macro Regional que deveria acontecer na Praça Tancredo Neves, na tarde de hoje, em Florianópolis, tomou outras proporções. Decididos a conseguir uma audiência com o Governo, o magistério reuniu cerca de 1000 pessoas vindas de várias regionais, lotaram nove ônibus, além de mais três disponibilizados pelo SINTE estadual, cinco vans e carros particulares, e partiram em direção ao Centro Administrativo do Estado.

A grande caravana chegou ao local motivada, gritando palavras de ordem, apitando e protestando contra o não cumprimento da Lei do Piso Nacional, e da dívida do Governo com a classe dos trabalhadores em educação. Do carro de som, músicas e falas dos líderes sindicais incentivavam ainda mais a categoria.

Percebendo a continuidade da negativa do poder público em atender a categoria, abaixo de chuva, munidos de faixas, cartazes e lonas, os professores fecharam a rodovia SC 401 nos dois sentidos por mais de 30 minutos, causando um grande engarrafamento, para serem vistos, lembrados, respeitados.

Outra forma de protesto encontrada pelos grevistas foi o acorrentamento de vários professores a um pilar do centro administrativo, a ideia do manifesto é mostrar que mesmo sendo privados do direito a receber o reajuste do piso e de não serem nem mesmo ouvidos, a categoria continua na luta. Ao serem desacorrentados mais uma vez reiteraram que a classe se mantém em greve e que nem as correntes do autoritarismo vão acabar com o movimento.


Enquanto isso o Comando de Greve aguardava na porta fechada do centro administrativo, uma possibilidade de ser atendido pelo Estado, o que não aconteceu. Uma assessora da Secretaria de Comunicação do Estado abriu a porta para o comando, e recebeu das mãos da Coordenadora Estadual do SINTE Alvete Bedin, um ofício solicitando audiência com o Governador Raimundo Colombo. Depois de esperar por mais de 15 minutos veio a resposta: "O Governador não atenderá a categoria enquanto houver greve".

O comando mais uma vez tentou argumentar, afirmando que a classe quer negociar, que terá uma assembleia estadual no próximo dia 08, e que a categoria quer uma nova proposta, contudo, a truculência e intransigência por parte do Governador e Secretário Eduardo Deschamps foram mantidas e mais uma vez os professores não foram atendidos.

Ao final do ato, os sindicalistas afirmaram que ao contrário do que o Governo diz, há sim, greve no Estado de Santa Catarina. E que a partir de agora o movimento deve se fortalecer, com um trabalho ainda mais intenso de construção da greve das regionais junto as suas cidades.