Apesar dos inúmeros pedidos e
conversas do sindicato nas reuniões com o Governo, o mesmo decidiu descontar as
faltas da greve na folha de pagamento do magistério já no mês de maio. O SINTE
afirma que, no início das negociações essa não era a fala do Secretário Eduardo
Deschamps. Logo após a suspensão da greve, em reunião na secretaria, o mesmo
afirmou que não era de interesse do Governo descontar as faltas, porém, mudou
de ideia e resolveu punir os grevistas. Ele disse ainda, que o calendário de
reposição ficaria decidido a partir de uma reunião com as GEREDs no último dia
17, o que não aconteceu.
Não existe nenhum plano de
reposição por parte do Governo, nem mesmo a liberação para que as escolas façam
seu próprio calendário, mantendo o mínimo de autonomia que deveriam ter. Além
disso, segundo a SED, foram calculadas as faltas em cima de 16 dias de greve
corridos, desses, 11 dias letivos, número questionado pelo SINTE, que afirma
que foram 10 dias letivos. O Governo está contando como falta, até mesmo o dia
01 de maio, feriado do Dia do Trabalhor.
Na mesa de negociações de hoje, o
SINTE entregou ofício ao negociador do Governo, Décio Vargas, como solicitado
pelo mesmo, com o seguinte teor:
Exmo. Sr.
Eduardo Deschamps
Secretário
de Estado da Educação
Nesta
Sr. Secretário
Conforme
discussão realizada na mesa de negociação do dia 16/05/2012 estamos
apresentando as seguintes solicitações:
1.
Que o calendário de reposição das aulas
da última greve seja iniciado imediatamente e de acordo com a realidade de cada
unidade escolar sempre respeitando a autonomia das mesmas.
2.
Que o desconto já realizado no
contracheque do mês de maio seja devolvido já no mês de junho.
3.
Que em respeito ao direito dos alunos e
ao processo pedagógico, se garanta uma semana de recesso no mês de julho,
organizando a reposição nos demais dias.
4.
Que seja mantida a orientação da
Comunicação Interna nº 039/2011 de 14/04/2011 que garante o direito da
participação em Assembleias e demais atividades sindicais, desde que ocorra a
reposição das aulas e conteúdo.
Diante do documento, os
sindicalistas cobraram uma posição formal e por escrita do Governo, com
proposta concreta em relação à reposição. “ Já são 12 dias do final da greve e
não se tem nada de concreto. Precisamos por escrito a posição do Governo. Já
enviamos dois documentos e o Governo nenhum”, destaca o SINTE, que já entregou
dois ofícios ao CONER com as posições e reivindicações da categoria, e reafirmou
que não vai mais aceitar negociar sem a apresentação de proposta por parte do
Governo.
“A gente esperava que hoje viesse
alguma proposta, mesmo que não concordássemos com ela. E porque não se pode
iniciar imediatamente a reposição, já que os professores estão dispostos a
repor? Os alunos tem esse direito. Vocês já deram o desconto do mês de maio,
agora respeitem a autonomia de cada escola para que elaborem seus próprios
calendários. E devolvam o que descontaram da categoria”, ressaltaram os
sindicalistas.
Outra questão levantada pelo
SINTE foi à intenção do Governo em vincular as negociações da tabela do plano
de carreira e piso nacional, com as reposições. O sindicato afirma que não
existe acordo com relação a isso. A reposição é direito dos alunos e também é
obrigação do Estado garantir essas aulas. Para o SINTE, esta é uma discussão
que deve ser bancada pela própria SED junto ao Governo, já que se trata de
defender a qualidade da educação.
Já que o Governo não trouxe formalmente
nenhuma posição sobre a reposição, reajuste do piso e descompactação da tabela
a executiva do SINTE se reuniu na sede do sindicato, após a mesa de negociações
e definiu alguns encaminhamentos:
1 – Caso o Governo não apresente
proposta/resposta por escrito, ao documento entregue hoje pelo SINTE (acima na
matéria), o sindicato suspenderá sua participação na mesa de negociações e só
retornará após a entrega do mesmo.
2 – Que cada escola elabore seu
calendário de reposição dos dias parados, protocolem junto a escola e GERED e
enviem ao SINTE SC até o dia 30 de maio.
O SINTE exigiu do Governo que,
para a próxima reunião, dia 23, quarta-feira, a entidade receba em mãos,
documento por escrito com a posição do Estado em relação às faltas. E deixou
bem claro, que não poderá haver vinculação nenhuma entre o debate da tabela
salarial e piso, com reposição de aulas e faltas.
No final da reunião, o SINTE
cobrou do Governo uma posição sobre o ocorrido na Escola Visconde de Rio
Branco, na regional de Laguna, conforme já divulgado no blog do SINTE.
Veja a matéria pelo link: http://sinte-sc.blogspot.com.br/2012/05/diretor-chama-policia-para-acabar-com.html.
ASSESSORIA IMPRENSA SINTE – SC
9178-9026
Acho que isso só pode ser brincadeira. É uma vergonha. Professores se encontram humilhados, fracassados, desmotivados e agora também estamos abandonados. Já não se ganha bem e ainda aaim o governo está usando de puniçao para querer mostrar que tem poder. Que é isso gente. Vamos a luta. Para por completo já que educação não tem importancia? Estou procurando outro emprego a partir de hoje.
ResponderExcluirSó gostaria de entender porque o sindicato não entra com alguma ação jurídica ou recorre a alguma instancia maior ao governo, já que o governo não se posiciona. Pois fizemos uma greve em nome da categoria, não ganhamos nada, ganhamos descontos em nossos salários (que está bem mal explicado, porque descontaram um valor do salário e um outro valor não proporcional ao desconto do nosso vale alimentação) e não vejo nada sendo feito a nosso favor. O governo faz o que quer, não dá explicações nenhuma e nós ficamos no prejuizo, não só econômico, como em função das aulas.
ResponderExcluirMeu Deus!!!..cadê a principal discussão..."PISO NO CARREIRA"...os negociadores estão perdendo o foco!!! Desconto é só entrar no ministério...200 dias...Pq estão banalizando nossa luta???
ResponderExcluirATITUDE DE MOLEQUE
ResponderExcluirÉ o que esta fazendo o Secretario Estadual de Educação Sr. Eduardo Deschamps.
Alem de não cumprir o acordo de greve de 2011, agora não cumpre o que acordou em reunião após o termino da greve, punindo os grevistas com os descontos nos vencimentos.
Sem falar que o negociador, que não passa de um garoto de recados do governo, não tem poder de decisão. Não consegue fazer nada de concreto, ou seja, colocaram uma figura decorativa para não queimar o Debochamps. Como se isso fosse possível, o eletricista já esta eletrocutado.
Assim como os anteriores, este secretario também é uma maquina de se queimar.
Marcelo Speck da Rosa
Indignado
Meus amigos. Vocês ainda acreditam que essa turma de incompetentes, autocratas irão nos ouvir e, ao menos, respeitar Lei Federal? Esse des-governo já mostrou o que veio fazer para o povo catarinense. Bagunçar mais ainda o Estado e suas instituições. Eu gostaria de saber se há jurisprudência em SC para delatar esses foras da lei!!!
ResponderExcluirO que falar aos alunos sobre idoneidade moral, se os próprios governantes não as tem?
Não existe mesa de negociação e sim de enrolação. Não se negocia fato consumado explícito pela lei.
Em SC o picadeiro está montado, mera palhaçada. Não há mais ínfimos predicados.
Abraços.
O Sinte não vai ingressar com ação na justiça para tentar impedir esses descontos?
ResponderExcluirQuanto ao conteúdo do post, nada a declarar.
ResponderExcluir