NOTA OFICIAL
O Sindicato dos Servidores da Assembleia
Legislativa de Santa Catarina (SINDALESC) vem a Público se solidarizar com
a luta e a greve dos profissionais na área da educação.
Os professores, pais e alunos em Santa
Catarina sofrem há muito tempo pela falta de prioridade dos governos que se
elegem, prometendo resolver o problema da educação no Estado e nada fazem.
Em relação a nota dos 30 deputados da base
governista, o Sindalesc considera um acinte aos professores, ao próprio
Parlamento e à sociedade catarinense.
Sobre o mérito da nota, precisamos esclarecer
que o papel de um governo é empreender esforços para garantir a qualidade na
educação e nas diversas áreas que atua, e o papel do Parlamento é elaborar,
fiscalizar e garantir que o Executivo cumpra as Leis estabelecidas, nesse caso,
nada mais justo que a Lei do Piso seja cumprida e que tenha a anuência do
Parlamento catarinense.
Os deputados mostram incongruências com o
cargo em que atuam abdicando de seu papel de fiscalizador e criador de leis em
favor da maioria, para ocupar correia de transmissão do governo.
Os parlamentares se enganam ao afirmar que o
esforço para buscar o cumprimento da lei é mérito do governo, o que na verdade
é direito da categoria a partir das incansáveis lutas contra o descaso com a
educação.
Consideramos que existe uma nítida falta de
informações pelos deputados governistas, caso contrário, resta-nos acreditar na
tentativa de manipulação da informação, com o objetivo de tirar do foco a
incoerência do governo trazendo para o debate questões e realidades distantes
do assunto em pauta, para criar um ambiente fantasioso de disputas partidárias
ou entre governos, sendo que, o que está em questão é simplesmente a falta de
planejamento do Estado para garantir o piso salarial dos professores previsto
em lei.
O Governador de Santa Catarina, ao invés de
tratar o Parlamento catarinense como extensão do seu mandato e desestimular a
autonomia sindical e dos movimentos reivindicatórios, poderia cuidar melhor das
finanças e das prioridades que beneficiam o conjunto da população.
Por fim, salientamos a necessidade de
restituição dos papéis das entidades Republicanas e solicitamos que o Poder
Executivo, Legislativo e Judiciário, em esforço coletivo, façam valer o
cumprimento das Leis e garantam o diálogo e as negociações com as entidades de
classe, preservando as noções elementares de um Estado democrático e de
direito.
À
Diretoria
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