Concordamos com o Secretário da
Educação que a Lei do Piso não é apenas uma lei de reajuste salarial. É sim uma
lei que foi criada para resgatar as perdas históricas e as condições de
aviltamento social e financeiro em que vivem os/as profissionais em educação do
país.
De acordo com Deschamps “Toda a
sociedade deseja uma educação de qualidade. Porém, precisamos realizar uma
grande transformação no país, para que a educação de qualidade saia do discurso
e se torne uma ação efetiva para a população”,
Em nosso entendimento são
palavras bonitas, mas sem nenhuma eficácia diante de profissionais, responsáveis
pela formação dos/das nossos/as jovens, estes que estão completamente
desacreditados, desestimulados e com mais de 40% deles sofrendo com a Síndrome
de Burnout que se configura em perda da autoestima, baixa produtividade,
desestímulo com a profissão, stress e finalmente depressão.
O quadro que apresentamos não é
um quadro recente, pesquisas feitas há bastante tempo pela UNB já apontavam
para isto, no entanto todos os sintomas sempre foram vistos pelo poder público
com leviandade. A única atitude tomada
foi criar critérios punitivos em relação às licenças médicas para a contratação
dos/as profissionais especialmente os ACTs.
O SINTE/SC vê com preocupação a
posição dos secretários de educação, cujo objetivo deveria ser no sentido de
garantir mais recursos imediatos para investimento na educação, sem
responsabilizar mais uma vez quem faz educação no chão das escolas, não
implementando uma gestão eficiente e responsável para o setor.
Entendemos que voltar novamente
a discussão da aplicação da Lei do Piso é retroceder e ignorar as necessidades
fundamentais dos/as profissionais que lidam com a educação. Se como afirma o
secretário, que toda a sociedade deseja e o país necessita de uma educação de
qualidade, é preciso que avaliemos com cuidado nossas ações e façamos da
educação uma questão de estado e não de governo.
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