O cancelamento da Reunião do dia 06/06 com os/as
representantes do sindicato e o CONER deixou a clara impressão de que o assunto
está sendo mais uma vez empurrando com a barriga pelo governo. A proposta do SINTE
era de que os assuntos do educacional deveriam ser tratados separadamente da carreira
e tabela para que as reuniões tivessem maior foco e objetividade.
O governo não concordou com a proposta, afirmando
que a discussão só seria feita em um único pacote levando ao resultado que
temíamos, ou seja, reuniões sem objetividade e nenhuma proposta que viesse de
encontro aos interesses defendidos pelo SINTE/SC.
O objetivo da mesa de negociação é levar em conta
todos os interesses da categoria em virtude disto, solicitamos ao governo que
nesta quarta-feira apresentasse uma proposta com valores e forma de pagamento
levando em conta a aplicação dos 22.22% de reajuste na tabela, ainda este ano,
e a descompactação da mesma achatada em 2011.
Juntamente com a discussão salarial solicitamos ao
governo que num gesto de boa vontade parasse com os descontos a partir de junho,
pois os calendários foram feitos pelas escolas, enviados para as GEREDs e a
categoria já está fazendo a reposição. Porém, até o momento este
vem mantendo sua postura intransigente de punição aos grevistas, mesmo sabendo
das dificuldades financeiras e emocionais pelas quais estão passando os
trabalhadores que tiveram desconto em seus salários, pois a grande maioria foi
obrigada a fazer empréstimos pessoais para sobreviver. Este fato é muito
preocupante para uma categoria que já ganha pouco.
Juntamente com a luta pelo reajuste do piso na
carreira e a descompactação da tabela salarial, vem ocorrendo no estado uma
situação de desgoverno com algumas GEREDs e direções escolares, que vem tomando
atitudes à revelia das orientações da SED, proibindo que os/as professores/as
façam a reposição e os assediando moralmente.
É neste
sentido, que o SINTE/SC exige:
- Que o CONER por não ter poder deliberativo trate
única e exclusivamente de assuntos técnicos referentes à categoria;
- Que as questões políticas sejam tratadas diretamente
com o secretário da educação;
- Que as negociações ocorram de forma mais objetiva;
- Que cessem os descontos e que os dias parados sejam
pagos imediatamente;
- Que as direções das escolas permitam aos professores
fazer a reposição;
- Que diretores deixem de assediar moralmente os
professores e os que agirem de forma arbitrária sejam retirados dos seus
cargos;
- Que a gestão democrática seja implantada nas escolas
garantindo assim a eleição para diretores.
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