quarta-feira, 28 de março de 2012

SINTE realiza coletiva com imprensa para esclarecer possível greve

Governo pede reunião com o sindicato no dia 02 de abril

Está longe de acabar as negociações do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina – SINTE com o governo do Estado, com relação ao reajuste do piso nacional sobre todos os níveis do plano de carreira do magistério.

A categoria exige que seja cumprida e Lei que garante o pagamento do reajuste de 22,22%, a partir de janeiro de 2012, percentual este, calculado em cima do custo anual de um aluno.

Alvete Pasin Bedin, Coordenadora Estadual do SINTE e demais membros da diretoria, receberam na tarde de hoje, dia 28, representantes de vários veículos de comunicação para esclarecer questões sobre a greve e as negociações com o governo. Segundo a coordenadora, na assembléia do dia 15 de março, o sindicato rejeitou por unanimidade a proposta feita pelo governo, que não cumpre o acordo de greve feito no ano passado.

O Estado propôs ainda parcelar em três vezes o reajuste, sendo a primeira parcela em 2012, no percentual de 8% e as demais em 2013 e 2014, mas sem mês ou dia previsto.  Em resposta o SINTE declarou que a proposta apresentada pelo governo não respeita a lei do piso e não contempla todos os trabalhadores em educação, não valorizando a qualificação e capacitação dos profissionais, mantendo assim a política de compactação da tabela salarial.

De acordo com Anna Julia Rodrigues Secretária Geral da entidade, o SINTE deu prazo para uma contraproposta do Governo, que encerrou na data de ontem. A reposta foi enviada através de ofício do Coordenador Executivo de Negociações e Relações Funcionais Décio de Vargas. No documento o representante do governo agendou reunião para o próximo dia 02 de abril, às 17 horas, no prédio central da Secretaria de Estado de Educação, quando o sindicato espera obter uma nova proposta.

Alvete Bedin diz ainda que, se as negociações não forem bem sucedidas, na próxima assembléia geral marcada para o dia 17 de abril, a categoria entrará em greve por tempo indeterminado. A exemplo do ano passado, que obteve 90% de adesão, o sindicato espera ter a maioria dos profissionais da educação estadual apoiando a causa.

Anna Júlia declara que a reivindicação da classe é em cima de uma promessa assumida pelo Governo em campanha,  quando afirmou o pagamento do reajuste ainda para janeiro. "A sociedade precisa saber que estamos pedindo o que é de direito dos professores, e que o Governo recebe 25% de recursos do FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, verbas que não estão sendo repassadas para a educação de Santa Catarina".

Graciela Fell
Assessora de Imprensa SINTE

3 comentários:

  1. De acordo com Anna Julia Rodrigues Secretária Geral da entidade, o SINTE deu prazo para uma contraproposta do Governo, que encerrou na data de ontem. A reposta foi enviada através de ofício do Coordenador Executivo de Negociações e Relações Funcionais Décio de Vargas.


    Encerrou ontem e mandaram um documento só agendando encontro? Sem proposta? O prazo dado e encerrado ontem era pra dar proposta ou só agendar data pra revelar a proposta?

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  2. Renato Luiz MenzeMar 28, 2012 09:44 PM
    Olá companheiros. Neste fim de semana estarei em viagem de estudos (mestrado), às minhas expensas, porém fica meu apoio irrestrito de NÃO nos curvamos a esta proposta indecente do governo com mais 0,300 kg de sal.
    Este governo não brinca com uma classe profissional, mas sim com toda a sociedade catarinense, pela omissão dos acordos firmados ano pp. cumpridos por nós profissionais, como também com os afirmados por parte do governo.
    O governo é para os catarinenses ou não?!!!
    "Hay que endurecerse, pero sin, perder la ternura jamás".
    Se necessário for, vamos a luta e pelas gerações futuras. Não nos curvamos por migalhas, e mesmo migalhas, mas auferidas pela constituição e pelo supremo. O povo catarinense não é fora da lei, seus representantes "legítimos" podem ser.
    -Os poderosos podem esmagar as rosas, mas não poderão deter o resplendor da primavera.-
    A luta não cessará até que tenhamos o pouco que é nosso. Se for necessário vamos A GREVE.
    Abraços.

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  3. A GREVE NÃO SERIA O MELHOR CAMINHO PARA QUE O GOVERNO SOLUCIONE O PROBLEMA DO PISO DO MAGISTÉRIO,PORÉM A INSENSATEZ E O DESCUMPRIMENTO DA LEI, INFELIZMENTE VÃO LEVAR OS PROFESSORES PARA ESSE CAMINHO.ESSA HISTÓRIA DE DIZER QUE NÃO TEM DINHEIRO, É MAIS FRIA QUE A REGIÃO SERRANA NA ÉPOCA DE INVERNO.

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