segunda-feira, 30 de maio de 2011

Quilombo faz caminhada e entrega ofício na SDR pedindo apoio à greve


Atividade na frente da ALESC reúne mil professores

O 13º dia de greve dos trabalhadores do magistério contou nesta 2ª feira, em Florianópolis, com a presença da professora Amanda Gurgel, do Rio Grande do Norte, que veio ao estado prestar apoio à paralisação do magistério e participou das atividades organizadas pela categoria na praça Tancredo Neves, na frente da ALESC, e que contou com cerca de mil pessoas.
Hoje, o movimento de greve na rede pública estadual completa 13 dias, sem que o Governo tenha acenado positivamente para a reivindicação da categoria, que exige a implantação do Piso como vencimento inicial na carreira sem alteração da tabela salarial.
A professora potiguara transmitiu mensagem de força aos professores, que lutam por melhorias salariais, e recomendou que a greve dos profissionais da Educação de Santa Catarina se mantenha firme na busca pelo Piso. No estado do Rio Grande do Norte, o magistério também está greve por valorização profissional.
A coordenadora e diretores do SINTE/SC também participaram da manifestação e informaram que o movimento de paralisação é cada vez mais e hoje conta com mais de 92% de adesão.
No final das atividades, os grevistas saíram em caminhada até o Terminal Central de Florianópolis. Todos carregaram velas acesas, numa manifestação que foi chamada de “caminhada luminosa”.

ASESC faz reunião com diretores de escolas e decreta que greve é direito de luta dos trabalhadores

Nesta semana está acontecendo uma coisa inédita na história de SC: os diretores das escolas públicas fizeram várias reuniões por município e finalmente uma com todos os diretores da Grande Florianópolis para discutir a greve e a posição destes no movimento.

No dia de hoje um fato marca a história dos educadores de SC, diretores eleitos e indicados, que são professores de carreira, se juntam e decidem apoiar o movimento dos educadores de SC que estão em greve desde o dia 18 de maio.

Essa atitude se deve ao descaso que o governo e secretário da Educação estão tendo com a carreira do magistério após a aprovação do piso, colocando todos os nossos anos de formação e dedicação ao magistério no LIXO.

A decisão dos diretores foi de não enviar os nomes dos grevistas, pois entende que greve não é falta ao trabalho é direito de luta dos trabalhadores. Fica no ar um protesto para este governo. Até quando ele pretende continuar nos ignorando. Companheiros, a luta continua e não devemos abrir mão dos nossos direitos.

Presidente da ASESC

Deputados do sul assinaram termo de compromisso de rejeitarem a Medida Provisória 188/2011.


Os deputados estaduais Altair Guidi e Valmir Comin aceitaram convite do SINTE regional de Criciúma e participaram de uma reunião, seguido de um debate, com o Comando de Greve onde foram explicados os prejuízos de uma eventual aprovação da Medida Provisória na carreira dos trabalhadores em educação.

Os deputados assinaram termo de compromisso em não votar a Medida Provisória.

O deputado Doía, do PSDB, também convidado, não compareceu à reunião.

Professores de Otacílio Costa e Nova Trento: distribuem carta sobre a greve da Educação

Nós, professores da rede pública estadual de Otacílio Costa, participantes da greve do magistério, dia 27 de maio, sexta-feira, realizamos uma passeata nas principais avenidas dos bairros Centro Administrativo, Santa Catarina, Pinheiros e Fátima. De maneira pacífica, com faixas cobrando respostas do governo estadual em relação à aplicação do piso respeitando o Plano de Carreira do Magistério. Durante duas horas professores e alunos caminharam, acompanhados pela Polícia Militar que ajudou na segurança do trânsito. Os professores entregaram à população otaciliense uma carta explicando os motivos da continuação da greve de 4 escolas da rede estadual: E.E.B. Agar Alves Nunes, E.E.B. Elza Deeke, E.E.B. Nossa Senhora de Fátima e APAE-Escola de Educação Especial Amigos para SEmpre o que representa 90% da rede estadual no município.
Professora Cristina Sutil - E.E.B. Agar Alves Nunes
Carta à comunidade Otaciliense

Nós, educadores da Rede Estadual de Ensino de Otacílio Costa, gostaríamos de esclarecer à comunidade otaciliense quais foram os motivos que nos levaram a manter a greve do magistério público estadual.
Primeiramente queremos expressar toda a nossa indignação em relação à proposta feita pelo governo estadual aos educadores na segunda-feira, dia 23 de maio, que entra para a história como a “segunda- feira negra” da educação catarinense.
É inacreditável a ousadia de tais autoridades que simplesmente ignoraram o plano de carreira do magistério público catarinense e ofereceram um reajuste salarial diferenciado, prejudicando impiedosamente aqueles profissionais que têm mais tempo de serviço. Mais uma vez o governo usou de uma manobra maquiavélica com o único intuito de enfraquecer o movimento grevista e dividir a categoria, pois a proposta de elevar o piso salarial apenas daqueles professores em início de carreira é um ultraje, uma afronta aos educadores deste estado.

Esta teria sido uma atitude louvável se os profissionais efetivos da educação, com mais tempo de serviço, graduação e pós-graduação não tivessem sido completamente ignorados, pois não receberam sequer R$ 1,00 de aumento salarial e mais, viram todo o seu histórico na educação, até então estruturado em torno do Plano de Cargo e Salários, ser pulverizado com o desprezível propósito de atender aos interesses espúrios e imediatistas deste “desgoverno”.

Nossa decepção se estende também àqueles profissionais da Educação que se omitiram neste momento sublime e simplesmente se recusaram a apoiar esta greve e tudo o que ela representa. Além de darem as costas aos seus companheiros de luta, muitas vezes, por motivos injustificáveis, acabam servindo aos interesses únicos da classe governante. E o pior disto tudo, é que o fazem em detrimento de sua própria categoria profissional.
E a você, cidadão catarinense, nós perguntamos: “Que tipo de educação vocês querem para seus filhos? Como alguém que se recusa a lutar por uma causa tão nobre, pode exigir que seus alunos sejam críticos, ousados e transformadores?”
Nós profissionais da educação aderimos à greve. Aderimos por entender que a escola é um dos componentes da formação do cidadão. Portanto, aderir à greve também deve significar para nossos alunos que o cidadão deve lutar pelos seus direitos.
Aderimos a greve e continuaremos lutando pelo nosso direito. Gostaríamos de voltar às salas de aula, no entanto só retornaremos, quando o governo obedecer à lei... Estamos em greve sim, e continuaremos nela até o governo cumprir a lei do Plano de Carreira do Magistério de Santa Catarina.
Assinam os professores da rede pública Estadual de Otacílio Costa.

(carta elaborada pelos professores de Otacílio Costa com trechos da carta escrita por professores de Nova Trento-SC)


"Se você acha a educação cara, experimente a ignorância"
Derek Bok, professor da Universidade de Harvard.

Joaçaba: 400 professores participaram de ato público que teve presença de lideranças políticas do estado




O SINTE Regional Joaçaba realizou um grande ato público na Praça da Catedral, com a participação de aproximadamente 400 professores. Lideranças políticas, como o deputado federal Pedro Uczai e a deputada estadual Luciane Carminatti estiveram presentes no evento.

Houve distribuição de material informativo sobre os motivos da paralisação do magistério estadual.

Os trabalhadores da Educação entregaram ofício na prefeitura municipal solicitando o apoio dos prefeitos de Joaçaba, Luzerna e Herval d’Oeste ao movimento de greve do magistério.


Foi um acontecimento inédito em Joaçaba, e segue anexo as fotos que comprovam.

Ato público marca a 2ª, 30/05, em Turvo

A regional de Araranguá, onde a adesão à greve está cada vez maior, programou para esta 2ª feira, 30 de maio, uma assembleia municipal, seguida de um ato público, às 14h, no município de Turvo.

Para amanhã, 31 de maio, será a vez de uma concentração a partir das 14h na frente da sede do Sinte Regional Araranguá. Todos os profissionais da Educação deverão comparecer com cópias de seus diplomas de faculdade e/ou pós-Graduação.

É mais uma atividade da regional para pressionar o Governo a ouvir nosso Sindicato.

Nota do MEN/UFSC em apoio a greve do magistério

Os professores do Departamento de Metodologia do Ensino, do Centro de Ciências da Educação da UFSC, solidários aos professores da Rede Estadual, seus colegas e principais parceiros na importante tarefa de formar os professores para as escolas públicas do país, vêm a público denunciar e repudiar as ameaças de retaliação ao Movimento Grevista representadas pelos termos de uma circular da Secretaria de Educação e Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina – SED (Ofício Circular nº 691/11/DIDH/DIEB), assinada pela Diretora de Desenvolvimento Humano Elizete Melo e pela Diretora de Educação Básica e Profissionalizante Gilda Mara, na qual o autoritarismo e a falta de vontade em cumprir a Lei do Piso Nacional da Secretaria de Educação ficaram evidentes para toda sociedade catarinense.
Encaminhada aos diretores e diretoras de escolas, a circular, bem ao gosto dos tempos mais autoritários da história do país, exige uma relação diária dos nomes de professores, assistentes pedagógicos, técnicos pedagógicos, diretores e assistentes de direção em greve. Não bastasse isso, proíbe a realização de reuniões, assembléias e outras atividades de greve nas dependências das escolas; determina 1/3 de falta para os educadores que estivesse ministrando aulas de apenas 30 minutos, conforme fora deliberado na Assembléia dos professores liderados pelo SINTE, e, para assustar os que ainda não são do quadro permanente, logo, os mais fragilizados, afirma que não recontratará os ACTS que neste momento estiverem paralisados e apoiando a greve da categoria.
A circular também prevê medidas administrativas contra os diretores/as ou funcionários/as que se negarem a emitir as listas de grevistas, afirmando que as gerências de ensino devem fiscalizar o cumprimento das ordens da SED.
Indignados pela ousadia dos termos das referidas circulares e entendendo que o momento histórico não comporta mais tais atitudes claramente autoritárias e desrespeitosas ao conjunto dos professores estaduais legitimamente em luta pela aplicação da lei do piso salarial para a carreira do magistério, os professores do MEN decidiram fazer as seguintes considerações a respeito do Movimento ora deflagrado e encaminhá-las às autoridades competentes.

Como vem acontecendo em sucessivos inícios de ano letivo, em muitas escolas do estado as aulas começaram com muitas precariedades, conforme atestam as mais variadas matérias na mídia tanto escrita como televisiva. Faltam professores e funcionários, os prédios estão mal conservados, há sobrecarga de trabalho em todas as funções, entre outras mazelas com que a comunidade escolar tem que se haver cotidianamente para continuar ofertando os serviços educacionais que dela se esperam.

Não bastasse esta situação caótica, comprometida ainda mais pela crescente violência que vem assolando as escolas e perturbando a convivência de alunos, pais, funcionários e professores, o governo do Estado de Santa Catarina, desde a aprovação, em julho de 2008, da Lei do Piso Nacional Salarial para professores da educação básica, insiste em descumpri-la: primeiro, acompanhando os Estados de Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul numa ação de inconstitucionalidade da referida lei; depois, ao perder a ação no Supremo Tribunal de Justiça -STJ, tentando incluir no piso os abonos salariais e todas as gratificações que por ventura houvesse na carreira do magistério. Também continuou questionando a existência das horas remuneradas (um terço da carga horária) para estudos, preparação de aulas, correção de trabalhos etc. cláusula constante da lei do piso.

Com todas essas agressões ao direito e à justiça, era de se esperar que os professores reagissem à altura. Nacionalmente, com a liderança da CNTE, e em cada estado, com os sindicatos locais – aqui em Santa Catarina o SINTE- os professores deflagraram a mais forte greve da categoria nos últimos anos. Com o apoio quase unânime da sociedade, é impensável que ficássemos calados face às ameaças “fora de lugar” que a SED/SC resolveu por em curso.
Os professores do MEN, então, conclamam todos os colegas e dirigentes do CED e da UFSC – o maior e o mais qualificado centro de formação de professores para o Estado de Santa Catarina, que exijam das autoridades constituídas um voto de repulsa às referidas circulares, solicitando que sejam imediatamente abertas negociações visando ao atendimento das justas reivindicações dos colegas professores estaduais em greve, muitos dos quais, certamente, nossos ex-alunos.

Dados gerais da greve em Joaçaba

JOAÇABA:
E.E.B. GOV. CELSO RAMOS: 75%
E.E.B. FREI BRUNO: 70%
E.E.B. NELSON PEDRINI: 90%
E.E.B. OSCAR R. DA NOVA: 60%
E.E.B. JULIETA LENTES PUERTA: 50%
E.E.B. DULCE : 95%
CEJA: 65%
APAE: 100%

HERVAL D' OESTE:
E.E.B. EUGENIO: 20%
E.E.B. SÃO JOSÉ: 20%
E.E.B. ODILON FERNANDES: 50%
E.E.B. MELO E ALVIM: 30%

LUZERNA:
E.E.B. PE. NÓBREGA: 95%

LACERDÓPOLIS:
E.E.B. JOAQUIM D'AGOSTINI: 95%

AGUA DOCE:
CEDUP: 100%
E.E.B. RUTH LEBARBECHON: 90%

CATANDUVAS:
E.E.B. IRMÃ WIENFRIDA: 75%

IBICARÉ:
E.E.B. IRMÃO JOAQUIM: 100%

JABORÁ:
E.E.B. VITOR FELIPE RAUEN: 90%

TREZE TÍLIAS:
E.E.B. SÃO JOSE: 100%
EJA: 100%

VARGEM BONITA:

E.E.B. VITÓRIO ROMAN: 100%
E.E.B. GALEAZZO PAGANELLI: 100%

ERVAL VELHO:
E.E.B. PROF. AGENOR PIOVESAN: 99%

OURO:

E.E.B. FREI CRISPIM – 100%

CAPINZAL:

E.E.B. BELIZÁRIO PENA – 40

Amanda Gurgel vem a Florianópolis apoiar greve do magistério

A professora Amanda Gurgel, do Rio Grande do Norte, participa hoje, 30, das atividades dos professores em greve na frente da ALESC.
Ás 15h, ela faz palestra sobre as condições da educação pública estadual.

Itapiranga elabora manifesto e entrega às autoridades de ensino

EXMO SENHOR

MARCO TEBALDI

SECRETARIO DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

MANIFESTO DIRETORES E ASSESSORES DE DIREÇÃO GERED DE ITAPIRANGA


Os diretores e assessores da 31ª GERED de Itapiranga, reunidos no auditório da EEB São Vicente discutiram a situação da greve do Magistério Publico Estadual de Santa Catarina e manifestam sua insatisfação em relação a realidade apresentada nas Escolas da Gerencia diante da proposta salarial feita pelo governo. A continuidade dos projetos pedagógicos sugeridos pela SED e escolas, como todo o trabalho educacional, estão comprometidos. Constata-se um desânimo generalizado (direção, professores, assistentes, alunos e entidades democráticas). Esperamos que o governo retome imediatamente o diálogo com o magistério e apresente uma proposta digna para toda a categoria para que a situação se normalize e dessa forma o governo possa concretizar o seu projeto político.

O sentimento do grupo de diretores e assessores é de acompanhar o movimento de greve.

ITAPIRANGA, 26 DE MAIO DE 2011

Bandeiraço movimenta o magistério em Tubarão

A sexta-feira, 27/05, marcou o décimo dia de greve dos trabalhadores em Educação da rede pública estadual. Várias atividades foram deflagradas em todo o estado para reforçar a paralisação do magistério. Em Tubarão, a categoria realizou um bandeiraço, com carro de som, faixas pelas principais ruas da cidade. Cerca de 50 pessoas participaram da manifestação, que aconteceu entre às 14 e 16h.

             Segunda-feira, 30/05/2011 - 13º DIA DE GREVE