Precariedade e abandono são comuns nas escolas do Estado
A Coordenadora Estadual do SINTE SC, Alvete Bedin e o Coordenador
do SINTE Regional de Chapecó Cleber Ceccon, junto a Comissão de Educação da
Assembleia Legislativa, liderada pela Deputada Luciana Carminatti e a Gerente
de Educação Ana Vedana, visitaram duas escolas em estado precário na cidade de
Chapecó, são elas o EEB Lara Ribas e EEB São Francisco.
Na Escola Lara Ribas a situação é de descaso, isso porque, as
obras de ampliação e reforma que iniciaram em janeiro desse ano, e tinha prazo
para finalização até dezembro de 2012, está há dois meses abandonada. A direção
da escola afirma desconhecer o motivo da obra estar parada, mas, informações
sem fontes precisas, declaram que o abandono da obra se deve a falta de
pagamento do Governo a empreiteira responsável pela mesma. Então, é certo
afirmar que o prazo de conclusão e entrega da escola, reformada, para os alunos
e professores não será cumprido.
De acordo com Alvete, a escola sofre com infiltrações, goteiras,
rachaduras, graves problemas na rede elétrica, além do perigo eminente de
desmoronamento de uma sala de aula, visto que, no início das obras a região foi
escavada, porém, não houve continuidade nos trabalhos. Frente aos fatos, os
alunos correm risco de vida no exercício do seu direito a educação. Sem falar
nos professores que não possuem condições mínimas de trabalho.
Cleber destaca ainda, a necessária da construção de uma
cobertura que vá da lateral da escola, até a quadra de esportes, porque cada
vez que chove, os alunos tomam um banho para poder chegar a aula de educação
física.
Já na Escola São Francisco, as reformas que deveriam dar outra
cara ao educandário se transformaram num problema. Segundo a direção, assim
como antes das obras, as infiltrações, goteiras e a falta de espaço físico
continuam atrapalhando o bom andamento dos trabalhos no local. Sendo assim, o
questionamento parte da falta de qualidade dos materiais e nos serviços utilizados
nestas obras. Para os representantes do SINTE esses materiais são de 3ª linha e
não contemplam as necessidades da escola, devendo assim, serem revistas às
licitações e as empresas contratadas para tais serviços.
Outra grave situação vista em muitas escolas de Chapecó é a
falta de acessibilidade para portadores de necessidades especiais, a maioria
das escolas visitadas não possui rampa de acesso, e as que possuem, estão muito
mal feitas e trazem riscos para quem necessita utiliza-las.
O SINTE reafirma que esses tipos de situações apontadas nas
escolas citadas, infelizmente são comuns em todo o estado, e destaca a luta do
sindicato por melhores condições de trabalho para a categoria, bem como, uma
educação de qualidade para os alunos. Pois escolas com alto grau de
precariedade não oferecem condições mínimas de convivência, trabalho e estudos.
O SINTE exige que o Governo assuma o compromisso de atender as
necessidades das escolas em Santa Catarina, e que garanta ainda, a liberação de
verbas para a continuidade das construções e reformas que estão paralisadas em
algumas escolas.
O SINTE SC pede para que todas as regionais façam o mapeamento
das escolas com problemas, com informações precisas sobre cada situação, e que
nos envie também as fotos, dessa maneira o sindicato vai publica-las e
divulga-las, para que toda a sociedade possa saber a verdade da educação no
Estado.
ASSESSORIA IMPRENSA SINTE – SC
9178-9026
Fotos: Solon Soares - Assembleia Legislativa